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2012 - Livro Vermelho 2013

Rudgea reflexa Zappi NT

Informações da avaliação de risco de extinção


Data: 09-04-2012

Criterio:

Avaliador:

Revisor: Miguel d'Avila de Moraes

Analista(s) de Dados: CNCFlora

Analista(s) SIG:

Especialista(s):


Justificativa

Arbustiva do interior da Mata Atlântica pluvial. Ocorrência disjunta entre a Bahia e Espírito Santo. Espécie ocorre em unidades de conservação de proteção integral. Habitat tem sido seriamente fragmentado e os remanescentes do bioma nos estados de ocorrência ocupam entre 8,9 a 11% da distribuição original. A espécie tem sido coletada na última década com certa frequência por isso projeta-se que sua área de ocupação conhecida esteja aumentando. É necessário estudos populacionais e genéticos. a fim de investigar a viabilidade de populações em pequenos fragmentos.

Taxonomia atual

Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.

Nome válido: Rudgea reflexa Zappi;

Família: Rubiaceae

Mapa de ocorrência

- Ver metodologia

Informações sobre a espécie


Notas Taxonômicas

Espécie descrita em Kew Bulletin 58(3): 513-596. Caracteriza-se por apresentar lobos do cálice em posição muito distinta e incomum. A primeira coleção para esta espécie (J.G. Kuhlmann, RB 62892) foi erroneamente identificada como R. ovalis Müll. Arg., porém coleções mais completas com flores e frutos, permitiram a identificação desta nova espécie, que acredita-se ser relacionada com R. jasminoides pela presença de domáceas, corolas membranáceas largas, estípulas apendiculadas e frutos turbinados laranja (Zappi, 2003).

Distribuição

Espécie endêmica do estado do Espírito Santo, ocorre entre 100-900m de altitude (Zappi, 2003; 2012).

Ecologia

Caracteriza-se por arbustos, variando entre 0,5-3m de altura (Zappi, 2003).

Ameaças

1.1.2.2 Large-scale
Detalhes No estado do Espírito Santo, a devastação das florestas estão sendo abastecidas por empresas de papel (Aracruz Celulose), que incentivam o plantio de Eucalyptus até o cume das montanhas mais inacessíveis (Zappi, 2003).

1.1.4 Livestock
Detalhes Ouso do solo do estado do Espírito Santo está distribuído basicamente em:lavouras (permanente, temporária e temporária em descanso), pastagens (naturale plantada), florestas naturais, florestas plantadas e terras produtivas nãoutilizadas, que totalizam 3.339.022 há, ou seja, 73,23% da extensão territorialdo estado. As pastagens cobrem 1.821.069 há, constituindo o usopredominante do território capixaba. Sua maior concentração é na mesorregiãoLitoral Norte Espírito-Santense, totalizando 618.070 há. Dentre os13 municípios integrantes dessa mesorregião, o município de Linhares concentra236.544 há (38,7% do total de pastagens da mesorregião) (de Paula, 2006).

1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes Vivemno entorno da Mata Atlântica aproximadamente 100 milhões de habitantes, osquais exercem enorme pressão sobre seus remanescentes, seja por seu espaço,seja pelos seus inúmeros recursos. Ainda que restem exíguos 7,3% de sua áreaoriginal, apresenta uma das maiores biodiversidades do planeta. A ameaça deextinção de algumas espécies ocorre porque existe pressão do extrativismopredatório sobre determinadas espécies de valor econômico e também porqueexiste pressão sobre seus habitats, sejam, entre outros motivos, pelaespeculação imobiliária, seja pela centenária prática de transformar florestaem área agrícola (Simões; Lino, 2003).

Ações de conservação

1.2.1.3 Sub-national level
Observações: Espécie considerada Em Perigo (EN) pela Lista vermelha daflora do Espírito Santo (Simonelli; Fraga, 2007).

1.2.1.2 National level
Observações: A espécie consta noAnexo II da Instrução Normativa nº 6, de 23 de Setembro de 2008 (MMA, 2008)sendo considerada oficialmente com Dados Deficientes (DD) para avaliação do risco de extinção.

4.4.3 Management
Observações: Espécie ocorre em Unidades de Conservação: RPPN Serra do Teimoso e Reserva Biológica de Una, no estado da Bahia (CNCFlora, 2011).

Referências

- SIMÕES, L.L.; LINO, C.F. Sustentável Mata Atlântica: a exploração de seus recursos florestais. São Paulo: Senac, 2003.

- DE PAULA, A. Florística e fitossociologia de um trecho de floresta ombrófila densa das terras baixas na Reserva Biológica de Sooretama, Linhares, ES. Doutorado. São Carlos: Universidade Federal de São Carlos, 2006.

- ZAPPI, D. Rudgea reflexa in Rudgea (Rubiaceae) in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2012/FB014266>.

- ZAPPI, D. Revision of Rudgea (Rubiaceae) in Southeastern and Southern Brazil., Kew Bulletin, v.58, p.513-596, 2003.

- ZAPPI, D. Rubiaceae. In: STEHMANN, J.R.; FORZZA, R.C.; SALINO, A. ET AL. Plantas da Floresta Atlântica. p.449-461, 2009.

Como citar

CNCFlora. Rudgea reflexa in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Rudgea reflexa>. Acesso em .


Última edição por CNCFlora em 09/04/2012 - 13:51:01